sábado, 16 de fevereiro de 2008

where do bad folks go when they die?

para onde será que vamos?

será que existe mesmo esssa coisa de um paraíso?

às vezes, penso nisto.

não que acredite que, a existir, eu tenho lugar lá, mas questiono-me o que será o paraíso.

afinal de contas, todos acreditamos que morremos e vamos para um lugar melhor, mas é uma ideia tão subjectiva que eu não consigo acreditar nela.

gsotamos de acreditar que, morrendo e indo parar a esse paraíso, será como se tudo o que sempre desejamos na terra e nunca realmente conseguimos ter.

mas vejamos, não são todas as pessoas diferentes, com ideias diferentes e concepções distintas do que desejam?

então, será o paraíso o céu do hans sebastian, onde ouvimos música de harpa durante o dia todo, num campo verde onde não se sente nada que não o sol morno a bater-nos na cara enquanto nos espreguiçamos ao mesmo tempo que deusas gregas nos alimentam com uvas na boca?

ou será que vamos encontrar o paraíso do manel trolha onde nos sentamos num sofá o dia todo, com uma quantidade infinita de cerveja gelada no frigorífico enquanto comemos quantidades industriais de pizza e vemos futebol o dia todo num plasma gigante sem nos preocuparmos com os restos que caem no chão porque a nossa maria não grita conosco?

tenho que admitir que não sei o que é o paraíso, nem gostaria de passar a eternidade em nenhum dos exemplos que acabei de dar.

é claro que isto do paraíso, seja lá o que for, tem sempre os seus contratempos.

ao que parece, também se trata o paraíso de uma desses discotecas onde se reserva o direito de admissão e onde só os bonzinhos é que entram.

porra, já me fodi.

é que não sou tão bonzinho quanto isso.

a chatice da ideia do paraíso, o nirvana, o céu, o que lhe quiserem chamar é que traz sempre subjacente uma ideia de inferno para onde vão aqueles que não foram admitidos no primeiro.

mais uma vez, questiono-me: o que é o inferno?

toda a gente parece concordar que é um sitio de dor e sofrimento onde se expia pelos nossos pecados.

bem, então agora, digam-me, como é que é o inferno de um masoquista?

é que há sempre as suas disparidades, tal como no céu.

pois bem, tantas ideias e o mais certo é que, um dia, não vamos para lado nenhum.

morremos e acaba ali, sem direito a segunda oportunidade ou pôr mais uma moedinha. é que, a ver bem, toda a gente fala do inferno e do céu, mas ninguém os sabe definir de forma a que todos acreditem.

talvez esteja errado. talvez exista, talvez haja harpas e cerveja, talvez haja um céu e um inferno.

a existirem, não me parece que consiga ser admitido nessa discoteca de harpas e campos verdes.

provavelmente, não é para aí que vou.

provavelmente, lá vou ter que me habituar à ideia de passar a sofrer duarante toda a eternidade.

de qualquer forma, sei que não que não vai ser muito diferente.

afinal de contas, encontramo-nos a todos lá em baixo.

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