quarta-feira, 28 de maio de 2008

amanhã, é para a desgraça.
amanhã, já não há frustrações, não há notas, não há provas.
quer dizer, amanhã, há mais que uma prova. há um desafio: aguentar a noite toda sem ir ao chão.
é amanhã que se celebra o fim, mesmo que ainda não tenho este chegado.
amanhã, vou ser feliz. quer dizer, vou ser extremamente feliz, mesmo que, depois, me sinta muito mal com isso.
estou-me a cagar para o sentir.me mal.
se é o fim, tenho direito a uma última refeição com os meus pares, assim como tenho direito a um último copo, ou melhor, a vários.
amanhã, vai ser muito bom.

sábado, 24 de maio de 2008

pensamento do dia

"Gostava de sacar tantas miúdas numa semana, como as vezes que a Galp aumenta o preço dos combústiveis..."

quinta-feira, 22 de maio de 2008

"- Queres fazer amor comigo?
- Estás parvo? Achas que isso se diz?
- Desculpa, tens razão. queres foder?
- Ah,... assim tudo bem! "

segunda-feira, 12 de maio de 2008

a receita


ele já estava farto daquela pieguice.

sempre a mesma merda, sempre a mesma música.

e o pior é que não conseguia calá-lo.

bem que tentava, mas não conseguia.

falava mais alto. nem as noites de garrafas atrás de garrafas pareciam surtir o efeito que ele procurava.

doía-lhe aquele órgão que não se calava.

sempre a pedinchar, sempre a sofrer.

então levantou-se e decidiu fazer alguma coisa. seria aquela a última noite em que iria sentir aquela dor.

recusava-se a senti-la, assim como se recusava a deixar-se vencer por ela.

dirigiu-se para a cozinha.

antes de mais, procurou a garrafa de whisky. afinal de contas, estas coisas não se fazem a frio.

encheu o copo e bebeu tudo de um só trago.

então, depois de ganha a coragem, abriu a gaveta, tirou a faca e espetou-a no peito.

rasgou a carne, para cima e para baixo para que ficasse um buraco bem grande.

então, enquanto rojava o sangue que lhe estava a sujar o chão e o balcão que há pouco tinha limpado, enfiou as mãos no peito até o agarrar.

aí, puxou com toda a sua força. já não lhe doía, mas estava preso.

estava, pois com o maior dos vigores, arrancou-o de uma só vez.

e depois de o arrancar, segurou-o bem acima do peito, olhando para ele, enquanto ainda batia.

não parava.

estava ele morto e também o devia estar aquele órgão inútil, mas não. ele continuava de pé e o seu coração nas suas mãos continuava a bater.

nem fora do seu corpo ele deixava de se lamentar.

tinha de se descartar dele. era a única forma de deixar o sentir, mas como?

iria enterrá-lo em algum lugar? iria guardá-lo numa qualquer arca?

então, e se ainda precisasse dele?

foi aí que ele o atirou para a frigideira.

deixou-o fritar em óleo, juntou-lhe cebola cortada, óregãos e um molhinho bechamel.

sentou-se na mesa, abriu uma garrafa de tinto e devorou-o.

afinal de contas, assim , não lhe voltaria a trazer problemas...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

citação do dia

"...são franzinas, meigas e delicadas, e apenas têm três defeitos: ruins filhas, ruins esposas e piores mães."

segunda-feira, 5 de maio de 2008

não sei o que hei-de pensar.
será que sim?
será que não?
não sei.
não sei o que significa, não sei o que querem dizer.
talvez vocês possam, mas eu não.
sei que fiquei a pensar nisso, embora não possa dizer que sei o que estou a pensar.
não sei. neste momento, tanta coisa me passa pela cabeça, e eu não sei o que é?
será que é aquilo que eu quero que seja?
será que é outra coisa?
não sei.
talvez venha a descobrir, talvez morra sem o saber.